Nome popular: Coridora Anã, Dwarf Corydoras, Tail Spot Pygmy Cory
Família: Callichthyidae
Sub-família: Corydoradinae
Origem: América do Sul / Bacias dos Rios Amazonas e Paraguay
Sociabilidade: cardume
pH: 6.0 a 7.0
Dureza da água: mole a média
Temperatura: 22ºC a 28ºC
Tamanho adulto: 2.5cm (macho) a 3cm (fêmea)
Alimentação: Onívora. Por causa de seu tamanho diminuto devem ser oferecidas rações especiais para peixes pequenos ou rações para peixes de fundo que se fragmentem facilmente, visto que não são capazes de raspar pastilhas duras.
Ofereça alimentos vivos regularmente para manter boa saúde e incentivar a reprodução. Alguns exemplos com tamanho adequado são: enquitréias; microvermes; vermes do vinagre; náuplios de artêmia; daphnias e etc.
Nota: Não são raspadoras de algas, muito menos se alimentam exclusivamente disso.
Também não limpam o fundo, podem comer restos de ração dos outros peixes mas não devem ser alimentadas exclusivamente disso. A única "limpeza" que fazem é revolver superficialmente o substrato, levantando partículas de sujeira e fazendo com que o filtro as remova mais facilmente. O que não exclui a responsabilidade do aquarista de manter o substrato sempre limpo, o porquê vocês podem ler em "Outras Informações" mais abaixo.
Também não limpam o fundo, podem comer restos de ração dos outros peixes mas não devem ser alimentadas exclusivamente disso. A única "limpeza" que fazem é revolver superficialmente o substrato, levantando partículas de sujeira e fazendo com que o filtro as remova mais facilmente. O que não exclui a responsabilidade do aquarista de manter o substrato sempre limpo, o porquê vocês podem ler em "Outras Informações" mais abaixo.
Dupla vasculhando o substrato em busca de ração em flocos.
Não é só no fundo que há comida, conferem todas as superfícies!
Comportamento: São cardumeiras e ativas, se mantidas com peixes pequenos e calmos. Se elas estão nadando em um grande cardume compacto e se escondem demais, provavelmente estão se sentindo intimidadas. Quando estão à vontade costumam ficar espalhadas em pequenos grupos.
Nadam em todas as áreas do aquário, vasculhando as superfícies em busca de alimento. Um comportamento interessante é o de ficarem completamente paradas à meia-água como um beija-flor aquático. São mais graciosas comparadas às companheiras de gênero, ficando pouco no fundo, preferindo ficar apoiadas em plantas.
Podem fazer cardumes junto com outras Corydoras pequenas ou tetras de tamanho e cor parecidos, como o Hyphessobrycon elachys.
Em fila, ainda apreensivas com as novas condições.
Aparência: Corpo translúcido ou levemente esverdeado, com uma grande mancha preta no pedúnculo caudal, contornada por manchas brancas. Tem iridescência esverdeada ou azulada na região do abdome e cabeça. Quando bem adaptada costuma ficar com as nadadeiras, e algumas regiões do corpo levemente tingidas de preto. Comparativamente, ficam quase transparentes quando sob estresse. Os olhos de alguns indivíduos podem ficar com a íris totalmente preta.
É muito confundinda com uma companheira de gênero, a Corydoras pygmaeus, mas é fácil distingui-las. A C. hastatus possui uma mancha preta na cauda e o corpo transparente, a C. pygmaeus tem uma linha preta que percorre toda a lateral do corpo. Também há a Corydoras habrosus, que é a maior das Corydoras anãs, e é a mais difícil de confundir pois tem o corpo inteiramente manchado.
Duas Corydoras com olhos escuros à frente, uma com olhos claros ao fundo.
Mais duas com olhos completamente escuros.
Macro em olho mais claro.
Observem a mancha preta e as manchas brancas da cauda.
Dimorfismo Sexual: A fêmea costuma ficar até 5mm maior que o macho e tem o ventre roliço, o que é mais facilmente notado vendo o peixe de cima para baixo.
Reprodução: Coloque um grupo de pelo menos 6 exemplares em um aquário com bastante plantas e abrigo, a proporção ideal é de 2-3 machos para cara fêmea. A filtragem pode ser um filtro de espuma, pois não há risco de sugar os alevinos.
Reforce a alimentação habitual com muitos alimentos vivos, o que incentiva a reprodução. Depois de alimentar bem e observar fêmeas roliças, cheias de ovos, faça TPAs grandes com água mais fria e um pouco mais ácida para simular a época de chuvas nos rios. Repita o procedimento até acontecer a desova.
A postura dos ovos é nos vidros e folhas de plantas, espalham um por vez por todo o aquário, até chegar a poucas dezenas.
Quando são atingidas as condições ideais, geralmente no fim da tarde, os machos se agitam, depois começam a nadar ao redor das fêmeas agitando vigorosamente a nadadeira caudal. Então, o casal faz o que é conhecido como "Posição T", o macho agarra os barbilhões da fêmea com as nadadeiras peitorais, a pressionando contra seu corpo, e expele um pouco de esperma. A fêmea usa sua boca e opérculos para direcionar o esperma até suas nadadeiras pélvicas, que está usando para segurar o ovo como uma espécie de bolsa. Logo em seguida ela nada para longe do macho escolhendo o local onde irá fixar o ovo já fertilizado, que pode ser o vidro do aquário, uma pedra ou uma planta. Este ciclo se repete até que ela não esteja mais cheia de ovos, que não são muito numerosos.
Os ovos eclodem entre 5 ou 6 dias e os alevinos nascem relativamente grandes. Devem ser alimentados com infusórios enquanto são pequenos demais para aceitar náuplios de artêmias, microvermes, ração especial e etc. Diz-se que os pais não costumam comer ovos e crias, mas aconselha-se tomar o máximo de cautela. Remova ovos fungados para evitar a contaminação dos outros.
Alevino com poucos dias de vida.
Copépode (crustáceo microscópico) perto de alevino com poucos dias de vida.
Tamanho mínimo do aquário: 30 litros.
Configuração do aquário: As C. hastatus vivem em áreas inundadas, lagoas ou igarapés amazônicos, o aquário ideal deve ter bastante plantas para servir de abrigo. Folhas no substrato, galhos e troncos podem e devem fazer parte da decoração.
É interessante adicionar plantas flutuantes como Salvinia sp., Limnobium sp., Phyllanthus fluitans, Spirodela polyrhiza, por pertencerem ao biótopo e oferecerem sombra e abrigo extra, nenhum peixe amazônico gosta de luz intensa.
O substrato deve ser o mais fino possível, como areia de baixa granulometria, pois as Corydoras gostam de vasculhar o fundo do aquário com seus delicados barbilhões.
Água escura é opcional, mas é bem-vinda por se tratar de uma espécie amazônica.
Expelindo areia e sujeira pelos opérculos depois de revolver o substrato.
Etimologia do nome: Hastatus - com uma lança.
Outras Informações:
A expressão "armadura" é utilizada incorretamente para explicar o gênero Corydoras, na verdade, Cory = capacete e doras = pele. Corydoras foi escolhido em alusão às duas fileiras de placas ósseas que percorrem as laterais do corpo dos peixes deste gênero.
A maioria das coridoras vive junto ao substrato, infelizmente, este comportamento frequentemente leva ao erro de serem compradas e/ou vendidas como peixes que se alimentam de restos encontrados pelo aquário e que irão "limpar o fundo" do seu aquário. Ledo engano!
Embora elas se alimentem de pedaços de ração que cheguem ao substrato, não o mantém "limpo". Na verdade, a manutenção do substrato se torna ainda mais importante quando você mantém coridoras no aquário! Elas podem desenvolver sérias infecções nos barbilhões (aqueles filamentos que ficam ao redor da boca) quando mantidas em contato com substratos sujos ou em condições adversas.
Coridoras e seus delicados barbilhões
As coridoras apresentam a capacidade de respirar ar atmosférico quando necessário, elas possuem um intestino altamente vascularizado que ajuda na captação deste ar. Esta adaptação permite que elas sobrevivam se o habitat em que vivem se tornar pobre em oxigênio por algum motivo. No aquário você também irá presenciar este fato, elas tomam impulso, nadam até a superfície, engolem uma golfada de ar e voltam para o fundo, mas é uma ação normal do peixe e, desde que ocorra apenas esporadicamente, não significa necessariamente que tenha algo errado com o ambiente, portanto não se preocupe.
Corydora subindo para respirar ar atmosférico.
Pertencem a um grupo de peixes que no lugar de escamas possuem duas fileiras de placas ósseas que percorrem as laterais do corpo, possuem nadadeiras peitorais com espinhos bem afiados que frequentemente ficam presos às redes quando elas são manipuladas e apresentam raios duros nas nadadeiras peitorais e dorsal que servem como defesa contra predadores. Não são raros os casos em que, ao manter peixes muito grandes junto com coridoras, fiquem presas na boca do predador podendo levá-los à morte ou a infecções terríveis causadas pelos ferimentos.
Portanto, cuidado com os companheiros de aquário! Nada de deixá-las com peixes que apresentem bocas grandes o suficiente para tentar engolí-las.
Comparação de tamanho a um caramujo com aproximadamente 25mm de diâmetro.
São peixes ditos "de couro" e possuem uma camada muito mais fina (podendo até mesmo estar ausente) de muco epitelial externo, não suportam a presença de sal na água (NaCl), pois ele pode facilmente levá-los à morte por desidratação rapidamente devido à grande diferença osmótica criada, à qual não estão adaptados e não são capazes de enfrentar!!!
Citação a Cinthia Emerich
Chantal Wagner
Mais fotos dos alevinos e discussão sobre a reprodução:
Aquahobby - Alevinos de Corydoras hastatus
Bibliografia consultada:
PETROVICKÝ, Ivan. La Grande Encylopedie Des Poissons D'Aquarium. Editora Gründ, 1988.
FishBase
Seriously Fish
Planet Catfish
TropicalFishkeeping.com
Scotcat
As Maravilhosas Corydoras!
O mito do sal no aquário de água doce
Glossário Aquarístico em Latim
Aquahobby - Alevinos de Corydoras hastatus
Bibliografia consultada:
PETROVICKÝ, Ivan. La Grande Encylopedie Des Poissons D'Aquarium. Editora Gründ, 1988.
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TropicalFishkeeping.com
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As Maravilhosas Corydoras!
O mito do sal no aquário de água doce
Glossário Aquarístico em Latim
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