07 dezembro 2010

Bunocephalus coracoideus





Nome popular: Banjo, Banjo Catfish, Guitarrita
Nome científico: Bunocephalus coracoideus, Cope, 1874
Família: Aspredinidae
Origem: América do Sul / Bacia Amazônica
Sociabilidade: sozinho / grupos
pH: 5.8 a 7.8
Dureza da água: mole a média
Temperatura: 24ºC a 28ºC
Tamanho adulto: aproximadamente 15cm

Alimentação: Onívoro, aceita de tudo mas se quiser incentivar a reprodução e manter seu banjo saudável dê alimentos vivos pelo menos uma vez por semana, além disso existem rações próprias para peixe de fundo que são muito boas, alimente-os à noite, depois de apagar as luzes do aquário.

Havia acabado de dar ração aos peixes do aquário e presenciei uma cena inesperada, o banjo surgiu de uma moita de Nymphaea amazonum e começou a comer a ração dos outros. Aproveitei o momento "raro" e filmei, no vídeo vocês podem ter uma noção maior de como ele se alimenta.


Dimorfismo Sexual: É mais fácil sexá-los quando os vemos por cima, a fêmea costuma ter o ventre um pouco mais roliço que o do macho, também são um pouco maiores.

Comportamento: São peixes pacíficos, sedentários e gostam de se enterrar no substrato ou se esconder sob folhas, rochas, troncos.

Reprodução:  As chances de uma tentativa de reprodução dar certo aumentam se usarmos um grupo com pelo menos 6 exemplares sexualmente maduros. Se reproduzem durante a noite e, diferente de outras espécies desta mesma fámilia, as fêmeas de  B. coracoideus não carregam seu ovos em pequenos invólucros, elas depositam os ovos diretamente no substrato.

Os adultos não cuidam dos ovos e filhotes e irão comê-los se a oportunidade for dada, então devem ser separados assim que a desova terminar.

Os ovos eclodem em aproximadamente 3 dias e assim que os alevinos tiverem terminado de se alimentar do saco vitelino irão aceitar microvermes e náuplios de artêmia, conforme forem crescendo, alimentos maiores devem ser oferecidos.

Tamanho mínimo do aquário: 75 litros.

Outras Informações: O gênero Bunocephalus se refere à superfície irregular da cabeça do peixe (bounos / colina e kephale / cabeça). Este é o gênero que mais abrange espécies em toda a família Aspredinidae e ainda existem várias espécies a serem descritas, o B. coracoideus é a espécie mais comum encontrada à venda nas lojas.

Por ser uma espécie extremamente sedentária, que praticamente some durante o dia - se enterrando no substrato ou se escondendo sob troncos, rochas e/ou folhas - e fica um pouco mais ativo apenas durante a noite devido a seus hábitos noturnos, não é considerado um dos peixes mais indicados para a maioria dos aquaristas. Apenas os que tem plena ciência do comportamento do animal e mesmo assim ainda desejam tê-los em seus aquários é que conseguem aproveitar o comportamento diferenciado desta espécie.

Sua aparência lembra a de uma folha morta, junto ao substrato, todos os membros desta família, ocasionalmente, "trocam de pele", por isso não se assustem se encontrarem algo assim no aquário. Eles possuem um método curioso de locomoção: usam a água que entra pela boca e passa pelas brânquias para criar uma propulsão e, com isso, se locomovem de uma maneira irregular.

Um aquário ideal deve possuir substrato fino, como a areia, onde possam se enterrar se assim o desejarem, além disso, troncos e folhas caídas são úteis para o fornecimento de abrigos. A iluminação deve ser reduzida, de preferência usando plantas flutuantes para deixá-la ainda mais difusa.

Animais mais novos gostam de se esconder entre moitas cheias e fechadas, já os mais velhos preferem se enterrar no substrato ou se esconderem sob algum tipo de abrigo.


Cinthia Emerich

Bibliografia consultada:



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