22 setembro 2010

Hyphessobrycon eques




Nome Popular: Mato-grosso, Serpa Tetra, Red Serpa, Blood Characin, Jewel Tetra
Nome Científico: Hyphessobrycon eques, Steindachner, 1882
Família: Characidae
Origem: América do Sul / Amazônia, Bacias dos rios Guaporé e Paraguai
Sociabilidade: Cardume
pH: 5.5 a 7.2
Temperatura: 24 - 28ºC
Dureza da água: mole
Tamanho adulto: aproximadamente 4cm

Alimentação: Onívora, aceita de tudo, mas se quiser incentivar a reprodução e manter seus tetras saudáveis e com belas cores é recomendado oferecer alimentos vivos ao menos uma vez na semana. Na natureza se alimentam mais de vermes, larvas de mosquito, pequenos insetos e crustáceos.

Dimorfismo sexual: A nadadeira dorsal do macho possui uma sólida coloração negra, enquanto nas fêmeas existe uma leve falta de pigmentação na parte mais baixa. Nos machos o ventre é retilíneo e nas fêmeas apresenta-se roliço.

Comportamento: São peixes territoriais apenas com outros da mesma espécie ou formato e coloração parecidos. Em aquários comunitários, quando mantidos em cardumes, dificilmente chegam a atacar / estressar outros peixes. O mais comum é ver os machos disputando entre si a hierarquia do grupo.

Reprodução: Ovíparo, são considerados disseminadores livres, pois a fêmea libera os ovos na água e o macho nada em volta fertilizando-os. Os ovos eclodem em 24 - 36 horas quando mantidos em temperatura mais alta, após três ou quatro dias da eclosão os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a nadar.

Não ocorre o cuidado parental entre os peixes desta espécie, a partir do momento em que os filhotes apresentam nado livre pode-se dar rações específicas para alevinos de ovíparos e alimentos vivos como náuplios de artêmia, conforme os filhotes forem crescendo alimentos vivos maiores podem ser oferecidos.

Os ovos e alevinos recém nascidos são bem sensíveis à iluminação, portanto um aquário com várias plantas flutuantes para atenuar a iluminação é recomendado.

Recomenda-se usar filtro interno de espuma ou então colocar perlon na entrada de água do filtro externo para evitar sugar os filhotes quando em aquários próprios para reprodução.

Tamanho mínimo do aquário: 50 litros.




Outras informações: Por serem de cardume, não devem ser mantidos em grupos com menos que 5 indivíduos, quanto maior o cardume, mais natural o seu comportamento. As disputas por território ou fêmeas são magníficas de se ver, os machos (geralmente os maiores) ficam todos "armados" como os machos de Betta fazem, exibem suas cores e nadadeiras no máximo esplendor possível.

As fêmeas também apresentam cores bem fortes em época de reprodução e não são nem um pouco "tímidas", escolhem um macho e ficam se exibindo para ele por horas a fio. Possuo um cardume de 21 exemplares e posso dizer que o comportamento é incrível, formam cardumes coesos e nadam o tempo todo pelo aquário inspecionando cada centímetro do território. Definitivamente são ótimos peixes para plantados e aquários temáticos.

Esta espécie já passou por várias revisões taxonômicas, pertenceu aos gêneros Cheirodon, Megalamphodus, Hemigrammus e Tetragonopterus, inclusive, recentemente, Weitzman e Palmer (1997) colocaram H. callistus (Boulenger, 1900) e H. serpae Durbin, 1908, como sinônimos desta espécie. O gênero, Hyphessobrycon, se refere ao pequeno tamanho e ao hábito de mordiscar que a espécie apresenta.

São peixes que, quando bem cuidados vivem vários anos! Tenho alguns exemplares que estão atualmente com 4 anos e continuam esbanjando saúde.


Cinthia Emerich

Bibliografia consultada
BRITSKI, H. A., SILIMON, K. Z. S. & LOPES, B. S. Peixes do Pantanal: Manual de Identificação. 2ª ed. Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2007.

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