10 janeiro 2010

Carnegiella strigata

Exemplar em aquário com águas escuras e abundância de plantas flutuantes


Exemplares em aquário próprio para fotos



Nome Popular: Borboleta Marmorada, Marbled hatchefish
Nome Científico: Carnegiella strigata, Günther, 1864
Família: Gasteropelecidae
Origem: América do Sul / Brasil, Colômbia, Guiana, Suriname e Peru
Sociabilidade: Cardume
pH: 5.0 a 7.0
Temperatura: 24 - 30ºC
Dureza da água: mole
Tamanho adulto: aproximadamente 4cm

Alimentação: Onívora, aceita de tudo, mas se quiser incentivar a reprodução e manter suas borboletas saudáveis e com belas cores é recomendado oferecer alimentos vivos ao menos uma vez na semana. Também é importante acrescentar ração à base de vegetais / algas à sua dieta para oferecer uma maior variedade de nutrientes. Na natureza se alimentam mais de larvas de mosquito, pequenos insetos e crustáceos.

Dimorfismo sexual: Difícil de diferenciar machos e fêmeas quando fora da época de reprodução, durante esta época pode-se observar diminutos ovos brancos dentro do corpo da fêmea que tende a ser ligeiramente maior que o macho.

Comportamento: São peixes cardumeiros e pacíficos, devem ser mantidos com companheiros calmos e de tamanho compatível. É comum observar esporadicamente a ocorrência de disputas por hierarquia, porém são breves e os peixes não chegam a se machucar. Também é frequente o hábito de nadar contra a leve correnteza proporcionada pela saída de água do filtro.

Reprodução: Ovíparo, o aquário deve possuir uma boa quantidade de plantas flutuantes pois é nas raízes das mesmas que a fêmea irá liberar os ovos, elas depositam de 2 a 5 ovos por vez, como não são muito adesivos, pode ser que alguns caiam no substrato. Os ovos eclodem em 30 a 36 horas quando mantidos em temperatura mais alta, após cerca de 5 dias da eclosão os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a nadar livremente.

Não ocorre o cuidado parental entre os peixes desta espécie e os pais devem ser retirados do aquário de reprodução, a partir do momento em que os filhotes apresentam nado livre pode-se dar rações específicas para alevinos de ovíparos e alimentos vivos como náuplios de artêmia e infusórios, conforme os filhotes forem crescendo alimentos vivos maiores podem ser oferecidos. Os filhotes começam a apresentar o formato dos adultos a partir dos 20 dias de vida.

Recomenda-se usar filtro interno de espuma ou então colocar perlon na entrada de água do filtro externo para evitar sugar os filhotes quando em aquários próprios para reprodução.

Tamanho mínimo do aquário: 50 litros.

Exemplares em aquário de águas escuras

Outras informações: Por serem de cardume, as borboletas não devem ser mantidas em grupos com menos que 5 indivíduos, quanto maior o cardume, mais natural o seu comportamento que é incrível, formam cardumes e nadam o tempo todo pelo aquário, próximas à superfície, inspecionando cada centímetro do território. Definitivamente são ótimos peixes para aquários biótopos com plantas flutuantes.

Possuem o corpo prateado marcado por largas estrias negras e uma faixa horizontal dourada se estende da base do opérculo até o pedúnculo caudal.

São encontradas em águas quentes, ácidas, moles e com abundante vegetação flutuante que utilizam como abrigo e local de reprodução.

Devido ao hábito de saltar com frequência deve-se tampar bem o aquário, também é recomendado usar uma ração de granulometria menor ou então que seja esmagada em pedaços menores para caber em sua diminuta boca.

Esta espécie pode ser encontrada nas lojas misturada com exemplares de Carnegiella marthae, no meu caso, encontrei alguns exemplares sendo mantidos no mesmo aquário que a strigata e vendidos como se fossem da mesma espécie. Obviamente possuem aparência diferente, com um padrão de estrias bem mais largas que em nada lembra a outra, mas muitos vendedores não percebem que se trata de espécie diferente e resolvem vender juntas pensando ser apenas um caso de estresse em que não apresentam as cores normais. Sendo assim, cuidado na hora de escolher as suas strigata, dê preferência às com estrias negras mais fortes e largas!



Cinthia Emerich

Bibliografia consultada

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