07 maio 2009

Neritina natalensis








Nome popular: Neritina zebra
Nome científico: Neritina natalensis
Família: Neritidae
Origem: Continente Africano / Quênia, Moçambique, Somália, África do Sul e Tanzânia
Sociabilidade: Grupo
pH: 7.0 a 8.0
Temperatura: 24 a 28ºC
Dureza da água: Dura
Tamanho adulto: 2 cm
Alimentação: herbívoro - plantas em decomposição e algas
Dimorfismo sexual: Dióico - existe o macho e a fêmea, o macho possui um complexo peniano como nas ampulárias.
Comportamento: Pacífico

Reprodução: A reprodução da Neritina natalensis ainda não foi profundamente estudada, existem duas hipóteses referentes a ela: A primeira é de que quando a fêmea deposita o ovo (que é mais rígido que o dos gastrópodes mais comuns em aquários), após o período de 20 - 30 dias eclode uma larva que posteriormente se transforma no caramujo adulto. A segunda é de que após a eclosão, já nasce um "mini-caramujo" totalmente formado. Em ambos os casos, seria necessária a água salobra para o desenvolvimento e por isso a reprodução em aquários não vai até o fim. Mas, ainda são necessários estudos para comprovar como a reprodução realmente ocorre.

As cápsulas dos ovos são depositadas em qualquer substrato disponível tal como madeira, conchas de moluscos, rochas e folhas caídas. Elas são brancas assim que depositadas e vão se tornando amareladas conforme o desenvolvimento ocorre, podem ser circulares ou ovais e medem cerca de 1mm de diâmetro. A superfície que estiver em contato com o substrato é plana, enquanto a superfície livre é convexa, as cápsulas sempre possuem grânulos de areia em sua composição. As fêmeas depositam várias cápsulas por vez.

Tamanho mínimo do aquário: 20 litros

Outras Informações: É originária de mangues / estuários, mas se adapta bem à água doce quando adulta devido às cheias que ocorrem em seu habitat natural, por se alimentar de material vegetal em decomposição acaba fazendo parte importante na reciclagem de nutrientes. Quando em aquários, utilizam troncos, rochas, plantas de folhas mais resistentes e até mesmo o vidro para depositar seus ovos, muitos brincam que o aquário "está com ictio" quando essas desovas ocorrem.

Possuem o corpo listrado acompanhando o padrão da concha, normalmente em aquários, com peixes que as importunem, elas mantém os tentáculos protegidos sob a concha, mas quando em aquário específico para elas (mantenho um grupo de cerca de 30 espécimes em um cubo próprio, sem peixes), deixam seus longos tentáculos expostos. Estes tentáculos podem passar o tamanho do corpo delas em comprimento e só ficam a mostra quando se sentem seguras.






Cinthia Emerich

Bibliografia consultada:

3 comentários:

marceloparedes disse...

Olá Cintia,

Aqui no Pará essa espécie é muito encontrada em pedras cheias de algas nas praias no estuário do Rio Amazonas em água doce ou salobra.

Uma curiosidade, no passado essa espécie era muito apreciada como petisco pelos nativos da região. Elas eram cozinhadas, retiradas da concha, refogadas em temperos e viravam ingredientes de uma saborosa farofa.

Abs,

Marcelo Paredes - Grupo Paraense de Aquarismo - http://gpaquarismo.mrforum.net

Minoru disse...

Oi Cinthia!

Envernizou as conchas antes de tirar a foto? :D

Sekai Scaping disse...

Paredes, existe uma espécie similar de Neritina que é encontrada por aí, mas é a Neritina zebra mesmo, não a Neritina natalensis :)

Minoru, que nada hahaha só deixei elas molhadas, mas as benditas teimavam em escapar :(