19 dezembro 2010

Characidium sp.

Characidium sp.


Characidium sp.


Nome popular: Mocinha, Charutinho, Darter Tetra
Nome científico: Characidium sp.
Família: Crenuchidae
Origem: América do Sul
Sociabilidade: São animais gregários, disputas territoriais entre machos da mesma espécie e semelhantes podem ocorrer, mas não costumam ser muito agressivas.
pH: 5.5 a 7.5
Dureza da água: Mole a Média
Temperatura: 18 a 27ºC
Tamanho adulto: Os exemplares das espécies deste gênero não chegam nem a 10cm.

Alimentação: Na natureza se alimentam principalmente de insetos e suas larvas, ofereça alimentos vivos tais como artêmias, enquitréias e caramujos pequenos. Rações de fundo também são aceitas.

Dimorfismo sexual: Os machos costumam ser menores, mais finos, mais coloridos e apresentar marcas mais escuras nas nadadeiras. Além disso, possuem pequenos ganchos nas nadadeiras pélvicas, que são utilizados durante a reprodução, mas estes ganchos são muito pequenos para serem observados a olho nu.

Comportamento: Vivem a maior parte do tempo junto ao substrato, são extremamente curiosos.

Characidium sp.

Reprodução: Em um aquário com o pH da água variando entre 6.5 e 7.0 e o GH bem baixo, mantenha um grupo com pelo menos 4 indivíduos (costumam ocorrer brigas com mais frequência em grupos menores).  A temperatura não deve ser muito alta, próxima aos 25ºC e a água deve possuir uma leve correnteza.

Ofereça abrigos para as fêmeas poderem se esconder e coloque uma boa quantidade de musgo. O macho persegue a fêmea e utiliza os ganchos presentes nas nadadeiras pélvicas para se prender a ela e garantir que seus espermatozóides fecundem os ovos liberados.

Separe os pais, pois eles não cuidam dos ovos nem dos filhotes e irão comê-los se tiverem a oportunidade.

Os ovos eclodem em cerca de dois dias e os alevinos demoram pelo menos mais dois dias para consumir o conteúdo do saco vitelino e passam a maior parte do tempo junto ao substrato. Nos primeiros dias, após o fim do saco vitelino, use infusórios na alimentação, depois passe para náuplios de artêmias e microvermes, conforme forem crescendo, alimentos maiores podem ser oferecidos.

Recomenda-se usar filtro interno de espuma ou então colocar perlon na entrada de água do filtro externo para evitar sugar os filhotes.

Tamanho mínimo do aquário: 50 litros

Outras informações:
A presença da mancha negra na base dos raios medianos da nadadeira caudal é o que diferencia as espécies deste Gênero de outras da mesma Família, Characidium quer dizer “similar à Charax” (o nome grego de um peixe).

Este é o Gênero com mais espécies dentro da Família Crenuchidae, já foram classificadas mais de 50 até o presente momento, muitas espécies são tão semelhantes que às vezes só podem ser corretamente identificadas com o auxílio de um microscópio. Esta é a principal razão da maioria das fichas trazer apenas o Characidum sp., referindo-se que se trata de uma espécie não identificada, dentro do Gênero Characidum.

O habitat destas espécies é muito variado, podem ser encontradas tanto em águas correntes como em águas mais paradas, o fundo pode ser de areia, troncos, seixos rolados.

O formato de seus corpos facilita suas vidas em águas mais movimentadas, eles inclusive usam as nadadeiras para “escalar” troncos e rochas, o que os ajuda a chegarem a locais que normalmente outros peixes não conseguiriam, isso porque as nadadeiras peitorais e pélvicas são bastante largas, proporcionando uma grande área para fixação do peixe ao substrato.

  Characidium sp. utilizando as nadadeiras para se apoiar no tronco



Cinthia Emerich

Bibliografia consultada:
How to keep darter tetra characins – Practical Fishkeeping (Matt Clarke)
GODOY, H. C. & LANGEANI, F. Duas novas espécies de Characidium (Characiformes: Crenuchidae: Characidiinae) do Alto Rio Paraná.
DA GRAÇA, W. J., PAVANELLI, C. S. & BUCKUP, P. A., Two New Species of Characidium (Characiformes: Crenuchidae) from Paraguay and Xingu River Basins,  State of Mato Grosso, Brazil. Copela 2008, No. 2, 326-332.
OYAKAWA, O. T. et al. Peixes de Riachos da Mata Atlântica nas Unidades de Conservação do Vale do Rio Ribeira de Iguape no Estado de São Paulo. São Paulo: Editora Neotrópica, 2006.

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1 comentários:

Unknown disse...

ja´tive em meu aquario macinhas, fiquei extremamente feliz com eles nadavam por todo aquario, um show, desfiz do meu aquario vendendo para outra pessoa pois ia me mudar de pais.
agora estou em uma nova casa aqui no brasil e pretendo montar um aquario de 1000 litros e com certeza o mocinha esta na minha lista de aquisição.