15 setembro 2009

Spirodela polyrhiza






Nome científico: Spirodela polyrhiza, Schleid, 1839
Nome comum: Spirodela, Lemna gigante
Temperatura: 20 a 31ºC
Origem: Continente americano; Europa; África, Ásia e norte da Austrália
Taxa de crescimento: Rápido
Posicionamento no aquário: Flutuante
Tamanho: aproximadamente 10mm por folha
Dificuldade: Fácil
Iluminação: Moderada / Forte
pH: 5.0 a 7.5

Comentários:

O gênero Spirodela vem do grego "speira" que significa "cordão" ou "linha" e "delos" que significa "evidente" ou "visível", referindo-se aos fascículos das raízes. O epíteto polyrhiza vem do grego "polus" que significa muito(s) e "rhiza" que significa "raiz" remetendo às várias raízes que a planta apresenta.


Raízes

Uma diminuta planta aquática flutuante que, frequentemente, forma um belo "carpete" que cobre a superfíce em águas lênticas. As folhas e o pecíolo unem-se em uma estrutura comum, tipicamente chamada de fronde, embora estes termos não estejam corretos do ponto de vista botânico, que é achatada e com as pontas ovaladas. As folhas são verdes na parte superior e avermelhadas / roxas na parte inferior, normalmente apresentam de 6 a 12 raízes por fronde, raramente mais do que isso.


Parte inferior da planta com tons avermelhados

As flores possuem 2 ou 3 estames e um único pistilo, são bem incomuns e apresentam frutos minúsculos de 1 a 1,5 mm que ficam presos lateralmente. As sementes também são extremamente pequenas e em pouca quantidade.

Devido ao fato de ser constituída principalmente por células metabolicamente ativas com pequenas fibras estruturais, seu tecido contém o dobro da proteína, gordura, nitrogênio e fósforo que as outras plantas vasculares possuem. Cada fronde absorve nutrientes a partir de toda a planta e não apenas do sistema radicular central, assimilando diretamente moléculas orgânicas que vão de simples carboidratos a vários aminoácidos, a maior parte da fotossíntese é dedicada à produção de proteína e ácidos nucleicos, fazendo com que a planta tenha um valor nutricional muito alto.

São muito importantes na natureza por fazerem parte da dieta de vários animais e também por serem utilizadas no tratamento de água, absorvendo nutrientes disponíveis em excesso, incluindo fósforo e amônia, reduzindo o material em suspensão na coluna d' água e reduzindo a DBO.

Se reproduzem por sementes ou vegetativamente (runners), embora durante a época de crescimento a maioria das plantas o realize vegetativamente. Ao contrário das folhas comuns da maioria das plantas, cada fronde de Spirodela contém brotos para que mais frondes possam crescer à partir delas, estes brotos ficam escondidos em bolsas ao longo do centro axial das frondes mais antigas. Conforme elas crescem, novas frondes emergem por fendas nas laterais das outras frondes, as mais novas poderão permanecer ligadas às antigas até que crescam o suficiente, é comum observar nas frondes de crescimento mais rápido outras 3 ou 4 frondes mais novas ligadas a elas.

No outono, as bolsas contendo brotos produzem plantas menores, sem raízes, de cor verde escura ou castanha chamadas de "turions" , estas estruturas dormentes, pesadas, em formato estrelado afundam e se acomodam no substrato durante o inverno. Embora a Spirodela consiga produzir frutos e sementes como as outras plantas, relatos de flores e sementes são incomuns, as plantas podem sobreviver ao inverno por sementes ou na forma de turions e se reproduzem no dobro da velocidade das outras plantas vasculares.



* Esta é a primeira ficha da espécie a ser publicada na Internet em língua portuguesa :)

Cinthia Emerich

Bibliografia consultada:

1 comentários:

Anônimo disse...

é sem duvida uma planta muito interessante para os aquaristas.

Meus parabéns a Cintia e a toda a equipe do blog.

Fantastico.