21 agosto 2009

Dicrossus filamentosus



Close de um macho


Macho azulado em aquário com águas escuras

Macho avermelhado em aquário com águas escuras


Fêmea em aquário com águas escuras




Nome popular: Xadrezinho, Xadrezinho cauda de lira
Nome científico: Dicrossus filamentosus, Ladiges, 1958
Família: Cichlidae
Origem: América do Sul / Bacias do Rio Negro e Rio Orinoco
Sociabilidade: Territorialista com os da mesma espécie e semelhantes, pacífico com os demais.
pH: 5.0 a 6.2
Temperatura: 26 a 28ºC
Dureza da água: Mole
Tamanho adulto: aproximadamente 7,5 cm
Alimentação: Carnívoro, é importante acrescentar alimento vivo à sua dieta pelo menos uma vez por semana, podem ser daphnias, artêmias, enquitréias, larvas de mosquito, etc.

Dimorfismo sexual: O macho costuma ser maior, ter as pontas das nadadeiras finas, com a caudal apresentando dois filamentos mais compridos (daí o nome "lira"), sua nadadeira dorsal é colorida e possui o ventre mais retilíneo.

A fêmea é menor e possui o ventre mais roliço, as nadadeiras têm o final arredondado e a dorsal é completamente transparente, fêmeas apresentam as nadadeiras ventrais e anal avermelhadas após sua primeira desova. Quando uma fêmea acaba de desovar e/ou está cuidando da cria, estas nadadeiras adquirem um vermelho mais intenso que o habitual, com uma fina faixa negra na borda.

Comportamento: O xadrezinho é um ciclídeo bem mais pacífico do que seus outros parentes, mas não deixa de fazer justiça à sua família. Para fins de reprodução, mantenha o casal / trio em aquário próprio, fêmeas são agressivas entre si, mas não tanto quanto os machos.

Reprodução: Tudo começa quando o macho e a fêmea formam casal e escolhem um local para desovar, geralmente este é bem escondido com o casal tendo preferência por troncos, raízes e outros objetos que formem tocas ou mesmo folhas de plantas. 

Quando o macho está se exibindo para a fêmea, suas manchas quadriculadas formam uma linha contínua de fora a fora no corpo, perdendo parte do "xadrez" característico. Já quando está pronta para desovar, a fêmea apresenta o ovopositor bem visível, intensifica as cores das nadadeiras ventrais e anal e a desova ocorre geralmente à noite com uma quantidade de ovos variável, mas normalmente numerosa e levemente amarelados (mais para o "transparente").

A fêmea deposita os ovos e o macho os fertiliza logo em seguida. Ela fica cuidando dos ovos – agitando as nadadeiras para que a água circule por entre eles, retirando os ovos não fecundados ou atacados por fungos – até que eclodam alguns dias depois e o macho se encarrega de afastar possíveis ameaças. Recomendo separar o macho após a desova caso o aquário próprio para a reprodução não seja grande e com locais para que ele procure abrigo, pois a fêmea não o deixará se aproximar e o atacará constantemente.

Logo depois da eclosão os filhotes ainda ficam no local da desova e vão se alimentando do resto do saco vitelino, alguns dias depois a fêmea começa a trazê-los para fora da “toca”. A partir deste momento podemos iniciar a alimentação dos pequenos: infusórios, nauplios de artêmia, ovos de artêmia sem casca, filhotes de enquitréias, ração específica para alevinos de ovíparos, etc.

Os pequenos ficam agrupados e sempre perto da mãe, aos poucos vão se aventurando pelo aquário e por isso mesmo é bom manter a entrada do filtro (se for o externo) coberta com perlon para evitar acidentes.

Aos poucos eles passam a se alimentar também da ração dos adultos, depois de cerca de um mês de vida os filhotinhos já cresceram bastante e se você perceber que a fêmea anda mais irritada e com coloração mais forte dando sinais de desova é melhor separá-la dos filhotes, visando uma nova desova.

Tamanho mínimo do aquário: 30 litros para reprodução, acima de 50 litros para comunitários.

Outras informações: São peixes que não gostam de iluminação muito forte por serem naturalmente de águas mais escuras, então uma dica é acrescentar plantas flutuantes ao aquário e se possível simular a água cor de chá - como no caso das fotos apresentadas, com isso e uma água quente, ácida e mole as chances de desova e a qualidade de vida destes lindos ciclídeos aumentam muito. Existem variedades com nadadeiras mais puxadas para o vermelho e outras mais puxadas para o azul.


Cinthia Emerich

Bibliografia consultada

2 comentários:

Unknown disse...

Cintia,

Suas macros são muito boas. Que equipamento vc usa?

Sekai Scaping disse...

Ola Rodrigo,

Obrigada! Uso uma Sony Cyber-Shot H9, é uma cam compacta comum :)